Foi Gumercindo Saraiva
O General federalista
Maragato de lenço branco
Inimigo Castilhista
Chamado Leão dos Pampas
Peleador de muitas guerrilhas
Se anoitava nos capões
E raiava nas coxilhas
Chapéu preto de aba reta
E uma estampa militar
Dava gosto de se ver
Gumercindo a comandar
No ataque era um corisco
Na defesa uma cruzeira
De a cavalo usa a espada
E de a pé a carneadeira
Foi exemplo de ideal, neste tempo de batalha
E o sonho da liberdade foi seu poncho na mortalha
Foi exemplo de ideal, neste tempo de batalha
E seu sonho de liberdade foi seu poncho na mortalha
O Ximango Pinheiro Machado, sovou basto e cavalo
No comando Imperialista, com desejo de encontrá-lo
Misto de maula e taura com sapiência de tropeiro
Gumercindo meio vento se sumia nos carreiros
Era bruta a revolução
E a maldade fez escola
Ficou rubra a arma branca
Com o sangue das degolas
Pra defender o Rio Grande
Veio lá do Uruguay
E a saga libertadora
Foi herança de seu pai
Nos campos do Curuví
É chegada a sua hora
Num balaço de tocaia
O Caudilho tranca a espora
Nessa hora derradeira
Onde a morte faz vitória
Gumercindo sai da vida
Pra renascer na história
Foi exemplo de ideal, neste tempo de batalha
E o sonho da liberdade foi seu poncho na mortalha
Foi exemplo de ideal, neste tempo de batalha
E seu sonho de liberdade foi seu poncho na mortalha